Na tua partida sem o aviso de Deus,
Na chuva forte, do chão a deslizar,
Ele Quis assim o teu fim, o teu adeus.
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Será um adeus que não é para sempre,
Porque na terra tens sempre o teu lugar,
A nossa alma tem uma longa corrente,
Que dá para ires ao céu e voltar.
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No quente da lareira a arder,
Há uma labareda que conversa comigo,
Tem os teus lindos olhos de morrer,
Que fico perdida e sem sentido.
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Contigo e nos teus grandes braços,
Os meus medos, se tornaram menores,
Mas os beijos ocuparam todos os espaços,
Que tornaram as saudades cada vez maiores.
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Cristina Maria Afonso Ivens Duarte 9/01/2020
Em memória do meu marido que faleceu de súbito.
Comentários
Simplesmente lindo!
Uma linda homenagem ao seu esposo.
Adorei. É um poema sentido sim, mas leve, doce, um carinho à alma dele que dorme na eternidade...
Que bom que já consegue transformar a dor e a saudade em poesia, amiga.
Ficou muito linda!
Te amo, amiga portuga!
Beijos!
Nina
Fico muito grata pelo seu carinho amiga Nina. Beijinhos de além mar.