Sobre as teclas do caminho

Indecifrável como cada nota de um piano
Consegue trazer à superfície de meu corpo
Sensações carícias toques e rabiscos
E sempre trago de volta uma lágrima escondida

Caminhar por entre as ruínas de suas memórias
Pode ser perigoso e alucinógeno
Como aquelas pequenas fadas coloridas
Em suas artimanhas em nos manter inebriados

Ainda assim inevitavelmente as luzes se apagam
Como se as teclas projetassem em minha mente
Uma estrada de tijolos pretos e brancos
E nunca poderia jamais esquecer aquela noite

Não não vejam como uma fuga longe disso
O caminho para encontrarmos a verdade
Seja qual for seu significado e resultados
Está logo ali no limite entre o in e a sanidade

E sinto minha respiração ofegante
Pela emoção de ter conseguido chegar ali
E poder não faço ideia como perceber
Que as cores têm vida aromas e sentimentos

E eu poderia permanecer e me perder no verde ou azul
Tamanha a quantidade de energia e palavras
Poesias espalhadas cruzando o que é etéreo
Sem no entanto perder a individualidade do verso

E em caminho inverso sinto no toque suave da canção
Que de tão intensa me lembra o aconchego de suas asas
E me mostra que chega o momento de voltar
Respiro fundo e escapa um sorriso de satisfação

Mesmo com o desejo ardente de manter a noite longa
Sinto meu corpo quente e um pouco mais leve febril
Um quanto mais de minha dor não retornará em mim
E assim mais forte e consciente de minha maior missão

Trazer as sementes da caridade e do perdão
Saber que estender a mão não é uma opção mas um dever
E que apenas um sentimento ao final irá sobreviver
Que o verdadeiro amor é o objetivo de cada coração

E mais uma vez respiro fundo ao final da canção
Quando os tijolos voltam a ser teclas
A lágrima que sempre trago escondida
Hoje ficou por lá....Deus nos abençoe

Carlos Correa

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