Soneto da Solidão

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Sabendo que a vida é uma partida
Frações pequeninas co' o tempo se vai
E quando se sente tão só sem guarida,
Tamanha ironia, meu ser se retrai!

Eu volto outra vez para o tempo que esvai
Co' o olhar tão tristonho a chorar comovida
Tentando chegar onde o sol longe cai
Sentindo ferver toda chama dormida.

E o vento trazendo de volta os pedaços
Te vejo seguir acenando teus braços
E as curvas da estrada são vistas com ais.

Paisagens tão belas, verei nunca mais
Sou barco no mar... Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto.

Márcia Aparecida Mancebo

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