Soneto da Solidão

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Sabendo que a vida é uma partida
Frações pequeninas co' o tempo se vai
E quando se sente tão só sem guarida,
Tamanha ironia, meu ser se retrai!

Eu volto outra vez para o tempo que esvai
Co' o olhar tão tristonho a chorar comovida
Tentando chegar onde o sol longe cai
Sentindo ferver toda chama dormida.

E o vento trazendo de volta os pedaços
Te vejo seguir acenando teus braços
E as curvas da estrada são vistas com ais.

Paisagens tão belas, verei nunca mais
Sou barco no mar... Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto.

Márcia Aparecida Mancebo

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Comentários

  • Gestores

    Sempre belo, Márcia.

  • Bom dia, poeta.

    Baita soneto!

    Terceto final, nota 10.

    1 ab

  • Lindos Versos Uma auto reflexão acerca da vida.

    Seguimos sempre em solidão nossos caminhos.

    Ninguém sofre em nosso lugar.

    " Eu volto outra vez para o tempo que se esvai" lindo.

    Parabéns por belo Soneto de Excelência.

    Uma maravilha de Poesia e criação

    Abraços amiga Márcia 

  • Ah Márcia...sempre um caminho de tanta beleza...Deus a abençoe

    • Obrigada, Carlos!!!! 

      Um abraço carinhoso.

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