Não há nenhum conforto na solidão
apenas os demônios nos consomem
a dor acompanha gemidos sem sons
lagrimas não rolam no rosto do homem
Insaciáveis as fagulhas do coração
o abandono somente nos traz a fome
é fogo que queima os braços, as mãos
a beira de intransponível abismo enorme
Corvos famintos crocitam poesia
em meio ao silencio da noite escura
nas esquinas se ouve palavras sombrias
Que no além do tempo resiste à loucura
por não ser o único ser em agonia
apesar de sozinho na noite das ruas
Alexandre Montalvan
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