SONETO DA SAUDADE INFINDA

  

SONETO DA SAUDADE INFINDA

 

Contemplo o mar: a cúpula azul- prateada
reflete sobre mim sua luz infinita;
o coração, em vai e vem constante, palpita,
tal qual as vagas vão e vêm na marulhada!

Perdido na vasta imensidão estrelada
me pergunto: Haverá no céu que me fita
alguma coisa além da beleza que o habita?
Algo mais que esclareça a árdua caminhada?

Se nada mais existe que não for matéria,
a deslumbrar a vista em paisagem etérea,
que mistério é este que a razão trespassa?

Onde nasce esta luz que me resplende agora?
De onde vem esta canção que do mar aflora,
e que saudade é esta que a minha alma enlaça?

                                                                                                                                                                                           Nelson de Medeiros

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Nelson de Medeiros

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Uma saudade muito forte de um Amor prezado Poeta Nelson Medeiros em mais este Belíssimo Soneto.

    Mais um bordado poético...

    Tantos lindos versos e muito romantismo.

    " Onde nasce está luz que me resplende agora?

    De onde vem esta canção que do mar aflora,

    e que saudade é esta que minha alma enlaça " Uma finalização digna te tudo desta excelência de Poesia...

    Saudades....

    Abraços fraternos Poeta 

  • "Onde nasce esta luz que me resplende agora?
    De onde vem esta canção que do mar aflora,
    e que saudade é esta que a minha alma enlaça?"

    Que lindeza Nelson!

    Meus aplausos!

    Abraços

  • Nelson

    seu versar é forte e tenho certeza tem o aval das estrelas, da lua do sol e do mar

    um abraço

This reply was deleted.
CPP