Soneto da Solidão
Sabendo que a vida é uma partida
Frações pequeninas co' o tempo se vai
E quando se sente tão só sem guarida,
Tamanha ironia, meu ser se retrai!
Eu volto outra vez para o tempo que esvai
Co' o olhar tão tristonho a chorar comovida
Tentando chegar onde o sol longe cai
Sentindo ferver toda chama dormida.
E o vento trazendo de volta os pedaços
Te vejo seguir acenando teus braços
E as curvas da estrada são vistas com ais.
Paisagens tão belas, verei nunca mais
Sou barco no mar... Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto.
Márcia Aparecida Mancebo
Comentários
Um soneto simplesmente maravilhoso, Márcia, parabéns! #JoaoCarreiraPoeta.
Excelente soneto!!
Fala do sentimento mais íntimo da alma, quando partimos sós para uma viagem de incerto destino.
Meus parabéns e um abraço.
Obrigada, Antônio! Um abraço
Márcia
parabéns
um abraço
Obrigada,Davi! Um abraço
Querida Márcia, teu soneto é como um sussurro vindo das marés da alma…
Cada verso toca o tempo, a ausência, a dor da partida, mas também a beleza escondida na lembrança.
Senti o vento dos teus versos soprar em mim…
Sou barco no mar" ecoou fundo, pois tantas vezes também me senti assim: sem destino, mas ainda flutuando em poesia.
Obrigada por esse momento de silêncio sentido.
Com carinho,
Que bom que gostaste....fico feliz.
Obrigada, Therezinha!😘🌺🌺
"Paisagens tão belas, verei nunca mais
Sou barco no mar... Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto."
Que lindeza de versos,Márcia!
Um encanto!
Beijos
Obrigada, Ciducha!🌺😘
Um belíssimo Soneto...Uma solidão decantada em versos suntuosos e em expressiva Poesia.
Amiga Poetisa Marcia...Todos os versos são lindos mas destaco a última estrofe que finaliza o soneto.
" Paisagens tão belas verei nunca mais
Sou barco no Marm.. Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto.
Que lindo amiga Poetisa Marcia Mancebo, com esta maravilhosa Poesia.
Abraços fraternos amiga Poetisa