Sons ausentes

Sons ausentes

Com o coração em exílio, me angustio.
Num perpétuo silêncio, voo nas sombras.
Me afasto, me tranco, sem nada ouvir.
Emudeceram as vozes... Morreu a alegria.

Na face, escorrem lágrimas de saudade:
Do barulho, das emoções sentidas
em conversas, da fala apropriada
no momento certo, quando tudo desespera.

É um puro naufrágio da esperança,
sem alternativas cabíveis.
Este sentimento desesperançoso desgasta,
corrói, sufocando a minha alma.

São horas que ferem nas linhas da escuridão.
Hoje vejo como é importante o barulho,
para não sentir saudade sem eco...
Como um navio perdido, sem porto.

Márcia Aparecida Mancebo
24/05/25

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Comentários

  • Marcia

     a saudade só faz efeito depois do que passou

    as marcas que ficam no coração não somem nunca

    um abraço

  • Eu concordo com nosso ilustre poeta Antonio, o tema de teu poema é uma intrigante metáfora, quanto ao poema, uma belíssima tapeçaria poética! Um carinhoso abraço!  #JoaoCarreiraPoeta.

  • Amiga poetisa, Márcia vejo mui profundidade na vastidão dos sentimentos, nos vales secretos do inconsciente, as metáforas usadas, o enredo poético bem expressivo. Parabéns!

    • Obrigada,Luiz. Faça uma visita no grupo Verso livre e sem métrica.

      Um abraço 

  • O título já é uma metáfora linda dentro do tema da poesia.

    Sons ausentes são reflexões da Poetisa acerca de suas desilusões nesta vida.. Lindos versos em Belíssima Poesia.Hoje se vê quanto é importante o barulho, com certeza amiga.

    Parabéns por este bordado poético com suas digitais poéticas e de sabedoria.

    Abraços fraternos amiga Poetisa Marcia Aparecida Mancebo.

    • Obrigada Antônio pelas palavras carinhosas

      Um abraço 

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