Talvez um dia

 
Talvez um dia um corpo
feito de um sol escaldante
nas ondas escuras do porto
reluzia feito diamante.
 
Na brisa do mar se formava
com cheiro de sal e coentro
balançava no ar e brilhava
na luz celestial no exato momento.
 
Secretas bocas beijante
vulvas soltas no horizonte
árduo este momento milagroso
águas límpidas e claras da fonte.
 
Talvez um dia eu encontre
uma ponte que me leve de volta à casa
talvez seja apenas viajante
que procura uma cova rasa.
 
Talvez um dia encontre as flores
talvez eu sofra o que você já sofreu
se me perder nas brumas do nada
saiba finalmente que a náusea sou eu.
 
Alexandre Montalvan
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Alexandre

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