Tragédia

 

Tragédia 

 

Recebeu um colchão, faltou o lençol

O lenço não chegou 

Pegou uma garrafinha de água

Recostou na parede fria do abrigo

Repensou os anos de vida revivido

Sem documentos não se lembra bem

Do número de sua identificação 

O número da casa se recorda 

O número da rua nunca soube 

Confuso, chocado , chacoalhado

Em transe de estar ali perdido 

É de se repensar os caminhos

Lembra-se do emaranhado que sofreu

Esperança é um sentimento desaparecido

Ausentes para recostar na parede

Na parede há ausentes e lamentos

São próximos que se foram

Para o acolhimento de Deus 

O rio de lama é a lembrança

Uma resistente e nobre herança

Todos os verões são temporais

São enchentes e destruição

Acontecimentos no automático

É um insistir climático

Novo persistir sintomático 

 

 

Insistir em viver, uma necessidade

A respiração é automática 

Reconstruir com as doações

Recomeçar do nada com ações

Haja braços e pernas e força

Que se dê um pouco de fé

Podemos medir a fé !

Podemos calcular uma fé !

Seguir em frente é o óbvio

Depois de um Adeus aos seus 

 

Fim

ADomingos

Fevereiro 23

 

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