Por sobre encostas e antigas calçadas
Cada um de nós tem sua cruz a carregar
Fruto de escolhas nem sempre mal intencionadas
Mas todas em resultado de arbítrios equivocados
Tudo acontece rápido demais
Pessoas lugares sentimentos
Não há mais tempo para o sabor
Onde estará o calor da inocência?
E por favor não confundam inocência
Com ingenuidade dessa segunda
Se alimentam a prepotência e o orgulho
O que procuro encontrar é a pureza de um olhar
Basta fechar os olhos então na direção das estrelas
Talvez elas não estejam ao nosso alcance
Mesmo as pequenas parecem fugir ao toque sincero
Mas ainda assim seu brilho tem o poder de criar inspiração
Então sento nesse banco de praça cercado de vida
E permaneço ali naquela mesma posição
Quem sabe uma delicada ave venha e pouse
Repouse ao carinho emocionado de minhas mãos
Resgatemos os sabores
Se a canção fala de mudança
Que sejam então de nossos valores
Que se reaprenda a ter esperança
Enquanto isso não acontece
Ficamos por aí ouvindo as canções
Criando poesia e mantendo vivas as palavras
Um dia as estrelas descem
Eu acredito e você?
Fiquem com Deus sempre
Carlos Correa
Comentários
Se esperança se perde com ela a fé declina e tudo vira o caos.
Belo poema, Carlos!
Aplausos!
Obrigado querida Edith, fica com Deus.