Caminhava sozinho por entre as notas
Da baqueta os dedos pareciam cansados
Conformados talvez no acústico escuro
Onde a própria insanidade o havia esquecido
Escolhera a solidão procurava o silêncio
Existem lugares dentro de nós que nunca amanhecem
Mas o vento da noite insiste em criar novas melodias
E pude ver a valsa abraçar a madrugada
Ali naquele local que abandonou o dia
Chega aos meus ouvidos o badalo da meia noite
Os sonhos já estavam sob os lençóis
E adormeciam numa última canção
Mas as lágrimas teimosas os mantinham despertos
E trazendo em seu canto o princípio da vida
Insistiam em se apoiar no sopro do vento da noite
Guiando cada sonho guiando a mim no caminho do amanhecer
Caminhava agora ao lado das estrelas
Da banqueta os dedos ganhavam fôlego
Acreditando em suas próprias notas
Onde lembrava o significado de amar
Olhe...amanheceu...
Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Divino momento de composição, Carlos.
O final é glorioso!
Meus aplausos e meu Destaque!
Obrigado...obrigado mesmo...Deus a abençoe.