Vento da noite

Caminhava sozinho por entre as notas
Da baqueta os dedos pareciam cansados
Conformados talvez no acústico escuro
Onde a própria insanidade o havia esquecido

Escolhera a solidão procurava o silêncio
Existem lugares dentro de nós que nunca amanhecem
Mas o vento da noite insiste em criar novas melodias
E pude ver a valsa abraçar a madrugada

Ali naquele local que abandonou o dia
Chega aos meus ouvidos o badalo da meia noite
Os sonhos já estavam sob os lençóis
E adormeciam numa última canção

Mas as lágrimas teimosas os mantinham despertos
E trazendo em seu canto o princípio da vida
Insistiam em se apoiar no sopro do vento da noite
Guiando cada sonho guiando a mim no caminho do amanhecer

Caminhava agora ao lado das estrelas
Da banqueta os dedos ganhavam fôlego
Acreditando em suas próprias notas
Onde lembrava o significado de amar

Olhe...amanheceu...

Deus nos abençoe
Carlos Correa

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