VIVO, EM ÓBITO

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VIVO, EM ÓBITO
 
Sinto-me, ligeiramente, morto,
com todos sintomas evitáveis.
Beijo os lábios de vermes,
afago gentis bactérias;
olho com meus olhos tortos;
ar, aparência deploráveis,
em minhas veias um rio
cristalino de sangue negativo.
 
Meu corpo corroído por germes,
decomposta e ácida matéria,
presumo ter vestígios de vida,
ando vesgo, me perco, sonho.
Me rodeiam flores em coroas
conversas indiscretas, carpideiras,
sensuais, cantam exéquias e noas. ...
 
[gustavo drummond]
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Comentários

  • Poema tétrico, mas muito lírico.

    Aplausos pelo lindo trabalho poético.

    Parabéns!

  • Bravo!

    Bela postagem.

    Aplausos!

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