Indiferente

Indiferente

 

Teus olhos são cascatas de fogo,

que incendeiam minha mente atormentada

Tua ira condena-me ao jogo,

a jogar com as tuas cartas marcadas.

 

Em escarpas afiadas tu me lanças,

retaliando a minha antecipação

Destroçando a minha alma criança,

deixando-me sem esperanças

Sem emoção.

 

Sinto o frio que se aproxima

de olhos negros que brilham sem vida

Sinto a noite que me envolve,

marcada, escura e sofrida.

 

Chuva que cai que abrem feridas,

e o vento uiva, lamenta, exorta

Eu me dissolvo como folhas mortas,

em uma dor carnal, ardente oculta.

 

Neste escuro e frio abismo,

eu me aproximo do fim do caminho

O meu corpo clama minha alma chama

Em desespero a procura de algo inexistente

Algo que sinto apenas em minha mente

 

Que existiu em um passado distante

Uma semente que o presente reclama

Que me mantém tão carente

Nesta procura insana

Por teu amor

 

Pois para você

Eu sou tão somente

Indiferente!

 

 

Alexandre

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Alexandre

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Comentários

  • Muito bom. Retrata a indiferença das pessoas, o que já se tornou

    uma realidade hoje em dia! bjs.

  • Poema cheio de estilo. Na sociedade a maioria é indiferente a dor do outro. O homem é um ser individualista.

    Parabéns pelo obra.

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CPP