Mal_diZendo as Chuvas...

*** * ***
Em mils pontos nos espaços, se elevam vozes clamantes:
I
- Por que choves tanto - Oh chuva -
reduzindo a nada mils lavouras
que com sofrimento plantadas e construidas
e por cima - ainda ceifando tantas vidas?
II
E a Chuva quieta - só ouvia... - E sentia
e chorava sem falar nada, suas finas gotas,
que molhavam as Nuvens dos Mundos
e deixava à mostra sua face 'rota'...
*
E continuavam os clamantes, mais indignados que antes:
III
- Chuva que não visita o Nordeste que precisa de Ti
se concentrando - sem dó ou piedade - aqui e ali
por acaso - não tem Alma e nem Coração...
- Não vê as tragédias que provocas - na Televisão?
IV
Por mais que fosse execrada
a Chuva chorava calada
deixando mais com seu choro
a Terra dos Homens molhada
V
Nisso, a Morte, tinha a demanda aumentada
e sorria feliz da vida, pois na midia era falada
Com seu pensar - mortífero, mortal e afoito -
já imaginava, estrelando a Novela das Oito!
VI
No Alto... - A Chuva continuava chorando
com suas lagrimas se espalhando mundo afora
do mesmo modo que minha Alma que é Vento
se unindo à Chuva Amada... - Ora chora!
VII
Enquanto isso, na Terra onde PoliTiTicos há
estes apoiados com a Mídia, dircursavam...
E os locais das tragédias visitavam...
E verbas... liberavam (e desviavam)...
VIII
Os milhões de desabrigados que inda vivos
Ainda choravam sim - Mas nem tanto -
Admirados e anestesiados que estavam...
Chamavam até esses Polititicos de Santos!
IX
No entanto, nossa Sábia e doce Mãe Natureza
(quase que hipocritamente a chamei de 'Amada')
Mandou - sempre kom amor - recado pelos Ventos
aos Homens com seus infundados lamentos:
X
- Me entopem com os piores lixos profanos,
- Minhas veias... Riachos... Rios... Oceanos...
- Matam com fogo minhas Filhas Árvores
- (i)L e g a l m e n t e, e ou por 'baixo do pano'
- As Leis que fazem, não são as ditas em comicios,
pois são feitas sempre, em seus próprios beneficios
- Desviam as Verbas Sociais, com o apoio do Fisco
E o Povo 'Sem Educação' 'Sem Terra' e 'Sem Teto',
é forçado (e incentivado) a morar em áreas de risco!
*
E conclui - também chorando como choram as Mães:
XI
- Vejo sim em 'alguns' o Amor em Solidariedade,
E milhões d'outros omissos - em verdade...
E agora? - Chorar... Orar... - Pouco adianta,
enquanto o Homem não se lembrar,
que sempre colherá o que planta !!!
XII
Nisso o Tempo que sempre sem tempo a tudo ouvia
Como tudo o mais parou - só o som de fundo continuou
e pode se ouvir - se com atenção bem prestando...
- O Soluço do Criador de Tudo - dos Altos chorando!
XIII
Levantei-me nesta Ilha da Magia em dia chuvoso
e ao abrir a minha janela, vi u'a Butterfly amarela
Olhei para o Morro umido com seu verde em frente
e vi que o mesmo, me acenava sorridente
*
Vislumbrei nos fios que atravessam a Varanda,
Milhares de Gotas D'Agua dependuradas
como nossas Almas puras em liquidez
Louvando O Criador de Tudo, por Tudo,
o Que Vai Fazer... ELE Faz... e ELE Fez!!!
*** * ***
2702 - gaDs
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Comentários

  • Aqui deixo maravilhada mihas reverências, menino Zeca.

    3696475?profile=original

  • Uauuu! Gostaria de tê-lo escrito.

    Teu eu lírico neste momento estava em alfa.

    Divino momento poético.

    Reverências, Zeca!

    É bom ler-te!

    Destacado!

  • Um texto soberbo, para ler, reler e reter

    Abraço fraterno amigo Zeca

    FC

  • 3696343?profile=originalEncantada amigo e poeta querido!

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