(Aos astros e estrelas que permeiam nossas casas)
Alguma vez você pensou em deixar
As suas mãos na calçada da fome
Ainda que sem ter que se preocupar
Que na calçada irão gravar o seu nome
Um ajudando ao outro sem o intuito
De ter os seus quinze minutos de fama
Não que eu seja contra, em absoluto
Pois cada um que antene sua redoma
Mas na verdade o que me causa espanto
E ver estrelas caídas nessas calçadas
Tão chamuscadas, sem o mesmo encanto;
Das que invadem sempre a nossa morada
Que só aparecem uma vez a cada ano
Se intitulando porta-vozes da razão
Como se fossem todas elas arcanjos
Sem dar o nome e escondendo as mãos
Já que não se misturam nunca aos anônimos
Como se vivessem em outra constelação
Cordeirizando os bobos que nos tornamos
Hipnotizados... Viva a Televisão!!!
E tão incoerentes arrotam demagogia
Eles só querem que a gente se exploda
Cada um que cuide da sua cruz de todo dia
O mundo gira e Deus que se locomova
Ah! Por que será que eles não querem deixar
As suas mãos na calçada da fome
Será porque eles não irão ver brilhar
Em luz néon todo o glamour de seus nomes
Por que será?
Comentários
That is de question...
Não sou quem para julgar a ninguém
Não fico na pele de nenhum.
Mas é uma boa pergunta para mim mesma.
Parabéns pela uma outra mais que boa poesia comprometida e reflexiva.
Bravo, Petronio!
Beijos