O dia já nasce curto,
As vezes o sol dá as caras,
No geral já me sinto cansado,
Exausto, a noite foi longa, não dormi,
E o que me falta é a tua presença.
Estou fadigado dessa espera, infinita,
E isso gera ansiedade,
Peço clemência por mim mesmo.
Porque disse que vinha?
Olho pela janela afoito,
Na esperança de vê-la atravessando a rua,
As vezes penso que estou enlouquecendo,
Isso me deixa eufórico, paranoico.
Mais a tarde já não me espera,
Ando em volta, sinto-me tonto,
Pareço percorrer uma maratona.
A minha ânsia de vê-la parece não ter limites,
E eu no meu limite,
Vendo a noite chegar,
Me espanto de minha própria arrogância,
De tê-la em meus braços,
Quem sabe a noite acalme meus demônios,
E minhas alucinações,
Pois que o pranto seja a dor,
E a dor é o desassossego,
De uma enlouquecida espera de amor.
Volto pra cama, pra minha desilusão ou ilusão,
De que o amanhã seja meu afortunado dia,
E quem sabe não me sinta mais abandonado.
Ricardo Sales.
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Comentários
Muito deleitoso e com aperfeiçoamento! Belíssimo poema!
Parabéns, poeta, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Obrigado Poetisa Livita pela leitura e comentário. Abraços.
Lindo poeta..quem espera...sempre alcança diz o povo
Abraço fraterno
FC
Obrigado caro Poeta Frederico pela ilustre visita. Quem sempre espera alcança. Um forte abraço.