Adeus

Adeus

 

No frio da minha sepultura

triste só a lapide tão dura

sobre o meu rosto encovado

em alguns metros quadrados

onde eu estou neste momento

eu sinto os vermes me comendo

e a minha carne apodrecida

purga como ainda fosse viva.

 

No frio das minhas memórias

onde tudo agora é passado

segredos não revelados

verdades terrenas ilusórias

e quase nada então importa

o poder das mãos se esvai

quando a carne esta morta

tudo o mais fica para traz.

 

Não fosse o medo estaria rindo

tudo esta encerado e limpo

sobre a mesa um velho cachimbo

parei de fumar ora que findo

eu sigo aos tropeços no limbo

arregalo os olhos cor de osso

olho-te virando meu pescoço

dou-te um longo beijo e digo adeus.

 

Alexandre

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Alexandre

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Comentários

  • 3619006?profile=original

  • Fenomenal gótico!!!  Parabéns! 

  • Um perfeito e magistral gótico. Parabéns Alexandre.

    3618766?profile=original

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