Ali ao lado
juntinho a uma página escrita
na brevidade de uma caricia
mora o tempo insuflado em memórias
que a saudade descobriu no baú
da vida tão migratória
Ali a o lado
cruzam-se os jogos de palavras
martelando estes versos devagarinho
empihando-os no silêncio
que descamba
quase num chorinho
Ali ao lado
vi sucumbir a primavera
pela ponta do tempo
gemendo ao relento da noite
onde desabrocham
um poema
uma confissão
tantos beijos
perfumados de alfazema
Ali ao lado
no baú das memórias
assumo o trono
desta poesia alcatifada
ao cetro soberano
onde elejo a adulante luz
que mergulha feliz
num manto real suserano
Ali ao lado
rebelo-me todo
tatuando um hieróglifo
de emoções plenas
divertindo a arquitectura
das palavras arremetidas
sem faixa etária
nem insígneas que o silêncio
acomodou
neste hospício do tempo
que o tempo em pinceladas
de desejos pra sempre
teu retrato emoldurou
Frederico de Castro
Comentários
Grato fico sempre com vossa gentileza
Abraços
FC
E aqui, de frente pra tua página, eu me delicio com teus versos! Magnífico! Bjs
Obrigado Marso Bem hajas
FC
Lindo FC, o tempo, memórias, muito bom aplausos meus, vou-lhe dar a sua cigarrinha.
obrigado pela retribuição
abraços
FC