É tempo de converter as recordações
Deixadas no recôndito da alma
Suprir à fé, esperança
À oração mais confiança
Ao pensamento uma filosofia de perseverança
Vamos de vez estacionar nossas lembranças
Naquele carrocel da vida onde floriam nossas
Semelhanças, mesmo deixando no tempo
Beijos inacabados e memórias vadiando
No tempo sustentando-nos apaixonados
É hora de anexar às lembranças aquele
Rascunho de vida escondida atrás de um
Abraço decorado com perfumes rastejando
No perímetro do teu ser, onde me aprisiono no
Ópio do silêncio e em uníssono me emociono
Vamos pintar todas as recordações
Que a existência em sigilo nos deixou
Trocar os gestos excêntricos e embriagados
Que o tempo agora esterilizou
Com agilidade temperemos nossas utopias
Deixando o amor anexo a este poema medrando ileso
Até rasgar a noite que a noite debruada num sonho ostentou
Celebrizando todo segredo deste destino velado
Que só o tempo a seu tempo outras memórias coagulou
Frederico de Castro
Comentários
O melhor é colocá-las em poesia, pois que é a melhor forma de nos lembrar.
Lindíssimo poema, Frederico.
Parabéns e excelente sábado.
Parabéns, poeta, obra belíssima... "Vamos pintar todas as recordações, Que a existência em sigilo nos deixou." Pudera, fosse possível fazer isto, amei. Abraços, paz e Luz!!!
Anexar as lembranças, pintar as recordações e temperar as utopias com poesia, é um exercício imaginativo de grandes poetas. Meus aplausos e reverências! Bjs
Com agilidade, você tempera tudo e todos com as suas poesias, bravo amigo FC, muito lindo, bjs