Peço que fique em silencio, não quero que digas nada
Prefiro você calada em nome do meu bom senso
Você passou dos limites, quebrou a mesa e os pratos
No lixo achei meus sapatos, baixou o apocalipse?
Ate o pobre do gato virou papel de parede
Você rasgou minha rede, não sei por que não te bato
Esse destemperamento, depois me vem com desculpas
Entendo, é minha culpa, mas nesse exato momento
Peço que fique em silencio, não quero que digas nada
Prefiro você calada e quer saber o que eu penso
Preste atenção e me ouça, assim que nascer o dia
Irei na Casas Bahia comprar sua Lava-louça
Enquanto isso sossega, se apegue no seu calmante
Já não temos o bastante e o que tem você quebra
De tarde, noite ou manhã, assim estamos na roça
Você anda muito nervosa...Não tomou o Diazepan?
(Petronio)
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O mundo que sufoca o homem é mesmo que o adoece e o mesmo que lhe prescreve as drogas a serem usadas e o mesmo que faz campanhas contra as drogas. O poema é formidável, lindo, reflexivo, atual, lírico e porreta.