Apodrecer

Apodrecer

Recebi do mundo um convite

de criar as cores da aurora

nasce o sol como uma dinamite

que explode em luzes sonoras.

 

Quando o vento assopra a praga

e proveem estes surdos lamentos

quando o sangue escorre da adaga

que escondido em tal sentimento

é na carne que floresce a chaga.

 

Nos espasmos do meu mundo escuro

colori-los será o meu intento

rogo a Deus sob a forma de prece

que caçador se transforme em caça

louco o mundo como se ele soubesse

que toda a graça é simples fumaça.

 

Estou perdido nesta insanidade

que talvez soe como uma poesia

não consigo parar um segundo

toda a doença da m'alma doentia

que me leva para baixo para o fundo.

 

Porem hoje é tão pouco o que sei

mas só sei que esta dor nunca morre

o mundo todo parece ausente

não tenho como aliviar este porre.

 

Meus caminhos eu seguirei sozinho

iluminado pelo sol e o seu brilho

muito embora eu não veja a hora

de apodrecer no calor do meu ninho.

Alexandre Montalvan

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Alexandre

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • O mesmo que diz Edith...

     Genial3670607?profile=RESIZE_1024x1024

  • Olha, a imagem é asquerosa, mas o poema é de uma profunda beleza.

    Parabéns, Alexandre.

    Destacado!

  • Parabéns, poeta, poema lindo, primoroso, adorei... Abraços, paz e Luz!!!

This reply was deleted.
CPP