Áureas

Áureas

Com as minhas primaveras, os meus cinco sentidos
ainda não me inibem de admirar determinadas luzes,
que na paz do silêncio me fazem deslumbrar o belo e a 
harmonia das cores, que se espalham como sombras
nas íris dos meus olhos, ansiosos por algo diferente
e estupidamente encantador.
Algo angélico em que eu lhe poria asas, para voar aos céus
e desmistificar toda a controvérsia, sobre a existência
de anjos ou não.
Perturbadoras e exuberantes seriam as nuvens, voadas
por criaturas com áureas que as tornam únicas, contornos
tão perfeitos que fazem babar os cantos das nossas bocas.
Mas belo seria também, se os nossos interiores fossem igualmente
assim, como se um diáfano manto cobrisse os nossos corpos
e as duas faces ficariam completamente expostas.
Seriamos almas descobertas e livres, isentas da dúvida
se o nosso coração também é lindo ou não.
Cristina Ivens Duarte
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Cristina Ivens Duarte

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