Vislumbro meu mundo por avenidas, ruas, alamedas e vielas,
Estão sempre cheias de vidas, vidas que pulsão,
Por elas passam passos,
Apressados, lentos, trôpegos,
São eternos caminhos,
Uns vem, outros vão,
Mais sempre por elas caminham.
Às vezes não se dão conta que elas existam,
Que guardam tuas memórias,
Contam-te histórias,
Fazem-te pertencer a elas,
São teus cúmplices,
Te teus anseios ou sonhos,
Impossíveis ou possíveis.
Fazem-te sorrir, chorar, meditar,
Explodir de emoções,
São nossos caminhos, nossa rotina,
São buscas incessantes,
Que às vezes nunca chega,
Mais por elas passam vidas,
Não importa a felicidade.
Elas simplesmente passam,
A mercê da vida,
São elas que te trazem e te levam,
Num frenesi de vai e vem incessante,
Às vezes estressantes,
Mais são elas que nos guiam,
No amanhecer ou entardecer de cada dia.
Ricardo Sales.
Comentários
As alamedas, ruas e vielas mais complicadas que trilhamos são as internas. As externas nos levam pelos caminhos da vida, as internas nos mostram os caminhos do ser... Maravilhosos versos, Ricardo! Parabéns! Bjs
Sem dúvida, são nossa guias na Vida.
Muito belo e bom, prezado Ricardo.
Obrigada por compartilhar.
Parabéns, poeta
Abraços
Obrigado pelo elogio, isto nos faz continuar. Na verdade somos eternos aprendizes. Sempre buscamos a perfeição. Está aí a nossa vaidade de sempre persegui-la.