Boto Rosa I
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Eis que surge dentre as águas
Galante príncipe a caminhar
Robusto, espera para a amada encontrar...
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Corpo de deus grego, rosas a perfumar.
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O mar será testemunha deste entrelaçar.
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Surge como um ladrão, a roubar corações
das donzelas que, encantadas, ficam a sonhar
A desejar que em seus braços se deleitem em paixões.
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Boto Rosa II
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Apesar de sua exuberante beleza
Tua sedução a donzela não afeta
Pois beleza não sustenta nem põe mesa.
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Seu corpo é instrumento que devassa.
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Seu exibicionismo é medíocre e sem graça.
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Sorrateiro, destrói sonhos e corações
Pois o que lhe importa são as paixões
Que a donzela desdenha, sem compaixão.
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Maria Angélica de Oliveira - 10/03/17
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Comentários
Esse boto já fez muita desgraceira por aí. Ainda bem que ele só existe lá pelo Amazonas! Lindo, Angélica! Bjs
Parabéns, poetisa amiga, poema lindo, primoroso. Abraços, paz e Luz!!!
Lindo versar Poetisa Maria Angélica. Reza a lenda que o boto seduzia as donzelas na beira dos rios e as engravidavam. Os verdadeiros pais nunca assumiam as paternidades. Abraços.