puro,feito de alegrias e esperanças,
nasce dum sorriso meigo,
dum pequeno gesto de aconchego
sem pretensões, leigo,
qual imagens de danças
duma menina de tranças
e o amor em meu peito.
Esses meus versos pueris,
sem amálgamas ou imagens vis,
exprimem visões infantis
cheias de cores,
puros odores
dum mundo que sempre quis.
Esses meus versos bobinhos
causam espanto, sozinhos,
ao se mostrarem declamados,
devidamente contextualizados
e traduzindo verbos purificados...
Têm o ritmo das canções de roda,
o cantar dos pássaros e da pura rosa,
falam dum céu sempre azul,
dum arco-ires de norte-sul,
de príncipes e princesas,
comida farta às mesas,
boa saúde, belezas.
Estes meus versos singelos,
cheios de gnomos e polichinelos,
dão asas à imaginação,
contrapõem-se a poluição,
desconhecem dores
dizem não à depressão.
São augúrios, mais que pretensão !
Comentários
Que meiga e deliciosa leitura caro Paolo!!! Parabéns!!
Maria Angélica de Oliveira: Agradeço o carinho do comentário. Bjs. Paolo.
O teu poema é de uma leveza, mostra a pureza do olhar infantil. Mas, ao mesmo tempo é de uma crueza que mostra o outro lado da moeda com verdade e beleza. Meus aplausos. Bjs
Marsoalex: Tê-la agradado me é muito especial. Bjs. Paolo
Como é pleno de pureza o tempo criança contrapondo-se a dureza mundo adulto diante da face exposta e oculta da sociedade. Heis-nos, portanto, deprimidos e acabrunhados diante da sociedade que nos massacra com suas manobras burocráticas que não chegam em lugar nenhum. Parabéns!
Edith Lobato: Sua opinião sobre o poema me leva crer que fui ao menos correto ao cria-lo. Muito obrigado ! Bjs. Paolo