Teus seios são acrópoles do teu corpo deitado...
neles eu tenho a visão da tua geografia
a planície do teu ventre me parece delicioso prado
tua boca germinal doces saliências da tua topografia
teus braços, dois afluentes que desembocam em mim
tuas coxas um belíssimo esmaltado de puro marfim...
Teus quadris se assemelham a enseadas, ancoradouros
das minhas mãos após passearem em tuas ilhargas
lindos olhos irrigantes tens como místicos nascedouros
que te escoam na supressão das horas amargas
O sol nasce em tua fronte e dorme em teu colo
os astros noturnos repousam em tuas sobrancelhas
tua gruta detém e mantém a temperatura do teu solo
e incendeia em nosso amor gerando irreais centelhas...
Rui Paiva
Comentários
Nossa, quanta inspiração!!!! Belíssimo poema, sensual na medida certa!!! Parabéns!!!
Bem pra lá da conta, cada vez mais é notável o fluir de tua lira.
Lindíssimo poema!
Parabéns Rui.
Destacado!
Mandou bem menestrel Rui Paiva! Acrópole o ponto mais alto da Grécia Antiga, uma bela alusão aos seios da musa com a visão impecável da geografia anatômica da fêmea. Quando eu crescer quero ser igualzinho ao menestrel... Você vai ver, eu vou contar tudo pra Eros!!!
É um deleite ler teus versos, Rui. Uma sensualidade exuberante e sem vulgaridade exala de cada linha embevecendo o leitor. Deslumbrante! Bjs
Simplesmente maravilhoso, parabéns, poeta, linda obra, encantadora... Abraços, paz e luz!!!
Não há como defini-lo em suas poesias. Você chega, posta e arrasa. E como em todas as outras, essa não poderia ser diferente, sempre me surpreende, é tanta sensualidade derramada em seu poema, que chega a mexer com os meus instintos e só posso lhe dizer que, você se supera a cada dia, sempre que posta poemas maravilhosos como esse...Parabéns poeta, meus aplausos de pé...Amei...Bjos em seu coração.