Palavras da minha boca
Boca seca de quem culpa
O céu por coisa tão pouca
De língua que boca chupa
Relampeio sai do olho
No trovejar da palavra
Deixa na barba o molho
Daquilo que eu pensava
Ser o exato mais certo
Do dedo em riste da mão
Que só quer o céu aberto
Sem relâmpago e trovão
Pois que palavras em suas manifestações
Saem pela boca como relâmpagos e trovões
Na tempestade lançada pelos pulmões
Que pelos olhos irão despertar aflições
Palavras de toda boca
Boca seca de quem culpa
O céu por coisa tão pouca
De língua que boca chupa
Que é a língua do universo
Do universo que há em nós
No uni-dune-te de um verso
Que adentra a boca da voz
A voz que sai pela voz
A voz que é de todos nós
Boca seca de quem culpa
O céu por coisa tão pouca
De língua que boca chupa
Relampeio sai do olho
No trovejar da palavra
Deixa na barba o molho
Daquilo que eu pensava
Ser o exato mais certo
Do dedo em riste da mão
Que só quer o céu aberto
Sem relâmpago e trovão
Pois que palavras em suas manifestações
Saem pela boca como relâmpagos e trovões
Na tempestade lançada pelos pulmões
Que pelos olhos irão despertar aflições
Palavras de toda boca
Boca seca de quem culpa
O céu por coisa tão pouca
De língua que boca chupa
Que é a língua do universo
Do universo que há em nós
No uni-dune-te de um verso
Que adentra a boca da voz
A voz que sai pela voz
A voz que é de todos nós
(Petronio)
Comentários
A voz que a poesia ocupa... Belíssimo, Petronio! bjs