Nem uma gota de esperança
ficou da colheita de Maio
apenas lágrimas de orvalho
e um caule pertencente ao passado.
A luz incentiva a fotossíntese
e a metamorfose esconde-se
sob o olhar da planície que
envergonhada borbulha olhares
cheios de mistério e vazio.
Desmistifico todo o sentimento
de solidão, abraço o gosto
de poder estar só, por alguns momentos
apenas com as minhas memórias.
Dar a mão ao vento e acenar
ao tempo, para que pare e escute
o som do silencio.
Aqui até a calmaria tem voz
que grita com gestos mudos
em direcção a nós.
Voam sombras e olhares
ciscos que interrompem o pestanejar
da admiração do infinito.
Cristina Maria afonso Ivens Duarte
Comentários
Cristina, eu te dou a mão em aperto dela por tão belo poema----parabéns----bjs dcs
Lindo Poema!