Sibila o vento...
Prenuncia a tempestade
Poeira em torvelinho sobe
São portas fechadas: há pressa!
Vento uiva e uiva nos becos
os telhados soltos: ecos
Espíritos abatidos em segredo
Barulhos lá fora do vento
Sibila o vento...
Gotas pesadas da chuva
Escorrem do céu cinzento
Nuvens assombradas!
Som estridente estala
Em raios explodindo
E o chão se rende temeroso
O tempo escaneia a terra
Num piscar a chuva engrossa
Um aguaceiro sem fim
Casas alagadas: enxurrada
O vento e a chuva: enfim
Grandioso espetáculo
Chuva, vento e trovão
Dentro das casas e abrigos
Espíritos aflitos
O tempo está nas mãos do vento
Varrem inconsequentes a cidade
Ninguém sabe o momento de parar
De o vento e a chuva brincar
Em um desorganizar ululante
Liame para um versejar
Restará o olor da terra
E o frescor de um ar renovado
Nos corações trancados
Navegam o silencio d’alma
Agradecidos sentimentos
Poupados da fúria do vento
Por Jennifer Melânia
Comentários
rsrs... também amo chuva. Obrigada por vir. Bjim
Parabéns, poetisa, poema lindo, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Belas cenas de uma tempestade. Lindo poema.
Parabéns!
Destacado!
Temporal de poesia, Jennifer. Magnífico! Bjs
Cumprimentos pelo poema e pelas suas inspirações contagiantes.