Hoje estou costurando meu coração.
Ele se encontrava tão aberto
Pelas flechas que já recebeu.
Acordei e doía tanto meu coração
Sofrimentos que me causarão
Foram tantos que feriram a alma
Peguei agulha do entendimento
Linha da sabedoria e fui costurar
meu sofrido e machucado coração.
Usei muito amor nessa costura
E consegui enfim deixar um espaço.
Pra no momento certo com entendimento sabedoria amor
Deixar o verdadeiro amor entrar
Encerrei a custura de meu sofrido
Meire Perola Santos
31/07/2016
Hora 16:29
Comentários
É um trabalho de paciência o refazimento do amor próprio. É sofrer sobre o já sofrido - e seus versos confirmam essa realidade.Mas é também a condição para viver nova estação, nova emoção, nova felicidade - segundo a confirmação da última estrofe. Leitura de aprendizagem emocional - ou de reconhecimento existencial! Imperdível! E que imagem tão feminina essa do sujeito poético com sua agulha, suas linhas, seu trabalho amoroso, sua espera e sua esperança!
Nossa que lindo e ao mesmo tempo sofrido e triste, pois está fechando seu coração.
Não faça isso não, volta com a agulha e abre-o, deixando espaço que chegará logo um novo amor.
Belo poema, gostei muito.
Engraçado como a gente sente as palavras, que ás vezes é só uma inspiração poética e até aconselhamos...rs
Beijos poéticos querida de Veraiz, poetisa feliz
Aos poucos, com o passar do tempo, as dores se acalmam, as de amor igualmente, embora deixem as marcas.
Lindos tercetos, Meire.
O amor cicatriza todas as feridas de um coração machucado. Beleza de poema, Meire! bjs