DE CERTO

Duvidoso e o vento que assombra meus cabelos
Duvidosa e minha sombra furtiva que sempre se esconde na escuridão da noite
Incerto é o tom com que canta o pássaro preso
Haverá alguma verdade na sua alegria de prisioneiro na gaiola?
Inseguro é o céu que se contorce em negras e gordas nuvens
Temeroso é o pobre barraco que abriga os desvalidos
Inconsequente é a forma com que se lança a vida mais e mais crianças incautas
Temeroso é o destino que não as acolhe nem abraça
Duvidoso é o motivo que gera poemas nas noites perdidas
De certo... só mesmo a noite
E a morte...

RODRIGO CABRAL

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Comentários

  • Nas noites perdidas, nos dias chuvosos, nas horas mortas a poesia sempre é fecunda e nos fecunda. Lindo! Bjs

  • É assim, o poeta está e de repente, pháaa, lá vem o verso galopando e basta isto, não importa a hora.

    Meus aplausos, Rodrigo.

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