DESLUMBRE

DESLUMBRE

 

Como sob a sombra de uma árvore,

Sentindo a brisa bater no rosto,

Sabendo a tarde que se aproxima,

Querendo a Lua,

Que tudo ilumina.

 

Como o silêncio da própria vida,

Como se as mãos

Estivessem estendidas,

Como se fosse uma oração

Que chega ao mais profundo do coração.

 

Como a imitação das cores

Cobrindo a azul de todo o céu,

Como o papel que chora uma poesia.

 

Como a verdade ainda secreta,

O que se esconde dentro da alma,

O que se revela na calma,

O que surge suavemente

E se sente elevar

Até fazer agitar o próprio mar.

 

Como uma curva no horizonte

Que não se sabe o que esconde

Depois do anoitecer.

 

Como o desconhecido

Que se torna querendo,

Mesmo sem saber porque.

 

Como a promessa nunca feita

E é cumprida por si só,

Como o pó que se espalha na estrada,

Quando nada nos faz parar.

 

Como a incerteza do destino

Que disfarça as aparências

E com paciência

Nos torna cada vez melhores.

 

Como a sorte que sorri de repente,

Como o abraço que chega espontâneo,

Como o beijo que estala na pele,

Como a força de querer

Cada vez mais e mais,

 

Como quem nunca, jamais

Pensou ser capaz de sentir

O universo se abrir à hora

Do amor chegar.

 

Mário Sérgio de Souza Andrade – 21/07/2017

 

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Comentários

  • Eu já havia lido, Lindo momento de inspiração, poeta  Mario Sergio.

    Parabéns!

  • Encantada com seu canto...

  • Parabéns, poeta, poema primoroso, lírico, lindo, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

  • Quando o amor chega o resto do mundo se cala para ouvi-lo. Magnífico! Bjs

  • BELÍSSIMO!!! Quando o amor chega, tudo para!!

    3676347?profile=RESIZE_320x320

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