Desventuras

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Desventuras

 

Se eu fosse valente

Dom quixote aventureiro

Destruidor de moinhos de vento

Se eu tivesse um vira-lata

Rabugento e risonho

E aquela lâmpada mágica

Esfregada por Aladim

Se encontrasse Macabéa

Tomando café amargo

Com cara de desgosto

Engolindo as auguras da vida

Sentaria ao seu lado decidida

E beberia o amargo gosto

De remar contra a maré

Lutar contra fantasmas

E rir por qualquer besteira

E, se antes a lâmpada

Era a solução ligeira

Agora não basta mais!

Ser quixote ou rabugento

E muito menos Aladim

Melhor não se arriscar

Os fantasmas saíram da sepultura

E andam sem lençóis e sem urros

Andam de sorrisos e gravatas

Causando o terror em massa

E onde ilhas inertes navegam

As ondas não marulham

E vão ao cárcere as Macabéas

Sem ao menos ter o café amargo

A adoçar os dias de vendavais

Jennifer Melânia

 

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Comentários

  • 3584885?profile=original

  • Muito triste tudo o que vemos no gestão pública do País e nos serviços públicos, os ladrões estão engravatados, mas isto ja se sabe faz trocentos anos. Parabéns pelo teu espetáculo de poema.

    3586662?profile=original

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