O dia parte de mansindo
e somente resguardo um punhado
de silêncios rendidos à inefável
palavra que desliza no dorso
dos teus olhos
de forma quase inapelável
- Deixa que o jardim em
nós floresça na demanda
de todos os perfumes
que teu ser emana
- Te seduza todo o labirinto
de desejos
serpenteando de rompante
entre a vénia de beijos
que te deixo
e o mar de teus olhos
me sorvendo a vida
gota a gota
num tão inigualável gracejo
- Viverei eternamente
redescobrindo onde pousar
meus lestos versos
quando se entrelaçam ávidos
tão sequiosos e reclusos
e o memorável silêncio que se debruça
à janela de todas as nossas existências
desfraldando o eco longo e intruso
sem mais complacências
- O que berra
são meus versos
correndo ao desencontro de
tantas indiferenças
São minhas horas encarceradas
no tempo
engolindo todos os fragmentos
de esperança despertando
cada vestígio deixado na guarida
do nosso jardim florescendo
no fio do tempo
por fim nos conectando
- Em palavras não mais
contidas
Deixo-te a alma arfante
soltar-se de alegria
recitando-te uma orquestra
de emoções resvalando
numa hecatombe de inspiração
- Num dialecto perfeito de palavras
estanco a dor
plotando tua imagem na fina
memória inconformada
açoitando de beijos
a mais precisa resolução
de cada gesto de amor
proliferando quieto e com tanta exatidão
Frederico de Castro
Comentários
Belíssimo parabéns abraços poeta aplausos ameiiiii
Parabéns Frederico, mais um belo poema.
http://casadospoetasedapoesia.ning.com/grupos/atividade-quinzenal-s...
Estava aqui pensando que arrasaría na Ciranda para San Valentin que temos agora em tela, prezado Frederico.
Parabéns de novo.
Beijos
Mais uma outra grande obra, Frederico!
E boa demais!
Meus parabenes e admiração de novo, poeta.
Beijos grandes.