Pela janela mal fechada,
Perto da hora do cansaço,
Irrompeu-se a madrugada,
Em anéis de fumo baço.
........
Manteve a posse, o mesmo olhar,
Como os dias, que vagueiam,
E os seus olhos a gravar,
Os meus sonhos, que passeiam.
.......
Na sua voz trazia,
A beleza do amanhecer,
Adivinhando que nesse dia,
Lindas estrelas, iriam chover.
.......
Foi uma noite sem sono,
A esperança, ela trazia,
Não me quis ao abandono,
Entrou, e disse-me bom dia.
.......
As mãos, e o olhar da mesma cor,
Rosas, como a roupa que trazia,
Num gesto, que parecia ser de amor,
Sorria, e ao partir agradecia.
........
Seu rosto rosado, sua razão,
Do irromper pela manhã,
O se perder na ilusão,
Do sol a bater no divã.
........
Cristina Maria Ivens-31-10-2016
Comentários
Cristina, me desculpe se sou repetitivo; mas a harmonia dos seus versos me encantam. irei sempre elogiá-los porque são muito ricos. Um forte abraço.
Sempre um contentamento passar por aqui.
Prossiga com esta concentração fértil.
Grata amigo Sam, abraços.
Que bela e inspirada madrugada que te trouxe um belíssimo poema. Parabéns Cristina.
Grata amiga Edith, beijinhos.
Mais que belo, Cristina.
Grata amiga Nieves, beijos querida.