In loco

Veladas deixei tuas lágrimas quando o céu se cobriu de
Prantos bêbados e apaixonados deixando aquele fugidio
Silêncio latejando aromatizado pelas fantasias que brandi
Naquela noite profanada com desejos sôfregos e clonados

Amotinam-se as saudades…desertam as memórias
Espirrando o tempo que envelhece intercalado rasurando
Todos os versos que endossei à inspiração dos meus lerdos
Sonhos adormecendo trapaceados

Olímpicos foram os desejos de reencontrar a intuição da vida
Provar o fel do fruto proibido, torturando a razão que investe
Vestindo com balsámos a vida gerada com fervura e ostentação

In loco vesti a noite que nos arrebata sossegadamente
Deixando o silêncio sem mais objeções…sem intermediários
Apenas e só eu, um verso…um poema meu legado hereditário

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

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  • Magnífico soneto, Frederico. Uma perfeita obra de arte. Bjs

  • Aplausos belíssimo ameiiiii poeta
  • Você é um vendaval de emoções, aplausos meus amigo FC, abraços.

    • Grato sempre pela sua gentileza.

      De facto quando escrevo...é mesmo um vendaval

      que passa por mim

      Abraços

      FC

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