Ingratidão!

Ingratidão

Quando, triste, pediu-me um sorriso
te dei o meu melhor, iluminando tua face.
Quando, em dias frios, pediu-me um abraço
em meus braços te acalentei, te aqueci.
Quando, em angústias, pediu-me uma palavra
em meu ombro deitei tua cabeça, te acalmei.
Quando, entre lágrimas, pediu-me o coração
todo o meu amor te entreguei, sem reservas.
Uma maor sem medidas, numa entrega total.
Por que não se ama pela metade, o amor é pleno.
Te dei dias de risadas soltas...
Te dei momentos de prazer supremo...
Enxuguei tuas lágrimas, curei tuas cicatrizes...
Mas você, ao ver-se curado, matou minh'alma.
Desdenhou de meus sentimentos.
Fizeste piadas mesquinhas e torpes.
Transformou um sentimento puro e crescente
em algo sujo, lançou meu amor na lama.
Deixou a máscara cair e mostrou sua face perversa.
Foi tudo um jogo de sedução, somente enganos.
Trancado está, agora, meu coração, longe da vil ilusão.
E a você desejo que nunca te paguem
o amor ofertado com mesquinha ingratidão.

Maria Angélica de Oliveira 17/02/17

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Angélica

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Essa é a função da poesia: tirar de nossa alma  os sentimentos que nos esmagam, sejam eles vividos ou, imaginados. Lindíssimo! Bjs

    • Sim Marso...extravasar, como uma terapia... Obrigada querida...
  • Fenomenal poetisa ameiiiii
    • Obrigada Meire...
  • Primor de texto. Canta com dor e tristeza a tristeza da ingratidão

    Abraço e dia em paz amiga

    FC

    • Obrigada Frederico por seu carinho!

  • This reply was deleted.
    • Obrigada José Carlos por sua visita...porem sem querer exclui seu comentário, poderia fazê -lo novamente?

    • Obrigada Elzana...
  • La imagen puede contener: texto

This reply was deleted.
CPP