Instante
Mágico o instante
em que reparei nos olhos seus
conhecida minha de outras eras
- a quantas eu andava? –
não percebi a doçura desse olhar
E vi o contorno de sua boca
(sorrizinho malicioso aquele!)
o narizinho empinado
já parecia ofegar, o danadinho,
e – ah! – a compleição dos seios, Deus!,
espremidos em taças deslumbrantes
incessante néctar despejando insinuações
Vagueia, barco das ilusões
imprime o balanço nas águas turvas
do êxtase
deixa-me esta sensação de torpor
e devaneio
A conhecida – qual mesmo o seu nome?
deixou-me indescritível
gostinho de saudade
Comentários
Sensual e lindo, que olhar heim? Arguto olhar. Parabéns!
Eita, que lindo poema, e engraçado também!
Nossa, sentía desejos de lir algo assim para equilibrar o balanço...
Muito belo, prezado Rui.
Obrigada por compartilhar.
Abraços!