Jogo da vida
As águas correndo nos leitos dos rios,
floreiam meus sonhos no solo de Gaia,
em noite adornada de fina cambraia,
no jogo da vida, aquecendo meus brios.
O canto do boto a incitar desvarios,
em cada recanto das águas se espraia,
e até no luar sobre a areia da praia,
consagra os mistérios dos mitos lendários.
O esturro da onça rasgando a floresta,
proclama respeito, poder, majestade,
em todo o sistema cercado de vida.
No ciclo da chuva as sementes em festa,
do solo despertam na luz que se evade,
por todo o Bioma pautando o futuro.
Edith Lobato - 29/01/17
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Comentários
Que maravilha de soneto Edith. Me lembrou a Campanha da Fraternidade desse ano : “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). Amei. Parabéns!
Sonetos belíssimos são pérolas que fazem de teu atol poético. Eu estou aqui a aplaudir mais esta pérola rara. Bjs
Mulher tantas qualidades. Infinitos sentimentos concentrados em um só ser. Sensibilidade e força espelham a sua alma.
Feliz dia internacional da Mulher!