JUSTIÇA

Eu tenho sede e minha sede não é sede de água
Se mastigo ódio e magoa meu clamor é por justiça
Aquela que aflora da alma, corrói a carne e atiça
Não tenho fome de calma, de sono, inerte e passiva
Alimentada por traumas e ideias corrosivas
Em meio a tanta injustiça minha fome é por justiça

Eu, de todo desgraçado e nego posando de artista
Com direitos agendados e discurso moralista
O cara faz e acontece, implanta terror, põe na lista
E depois sai de inocente enquanto eu deitado na pista
Em cela de quatro paredes, em cama de analista
Morrendo de medo e de sede e alimentando a injustiça.
Alimentando a Injustiça, eu...

Tendo que ser malabarista, fundista e maratonista
Aceitando tudo calado, de tolo e paternalista
Ouvindo os ativistas, sentimentaloides moralistas
Botando na mesa do povo que adora mastigar noticias
Pra cuspirem no prato da gente o seu clamor por Justiça
Essa justiça dos homens, sem venda e olhos de INJUSTIÇA
Errado ou certo eu penso que ter bom senso implica
Sim! Que façamos justiça, tão somente pela justiça
Mas, não com os olhos da cara e a venda do punguista
Certo?
(Petronio)
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Comentários

  • 3682636?profile=original

  • 3682490?profile=original

  • Parabens Petronio...este clamor por justiça esta preso na garganta de muitos...
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CPP