Latido dos silêncios

Sigo o latido dos

silêncios que correm

em debandada

Desperto no dia

insurgindo-me no valsar

de tantas gargalhadas que

teu sol irradia


Renova-se cada milagre

saltitando em sinfonias

doidas

sem rédias

silenciosamente selvagens

deambulando neste poema

ancorado em rebeldia


Descanso por fim

enfeitando a noite

estupefacta

tão solitária como a hora

que se despe no tempo

quase intacta


O perfume que o dia tece

em tuas pétalas trajadas

de primaveras

inunda de cor

as constelações docemente

iluminando todas as essências

viajando na minúcia deste poema

caiado de alegria sorrateiramente


Ali é onde albergo a meiguice

ensurdecedora de um beijo

imergindo

delicadamente em ti

em soluços condimentados de euforia

que num instante breve

latindo

a todos embebeda e inebria


 
Frederico de Castro
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Frederico de Castro

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Comentários

  • Eu já havia lido, mas não pude deixar minha passagem registrada. Ma-ra-vi-lho-so, poema. Parabéns Frederico.

    3592773?profile=original

  • Todo o poema é espectacular, especilamente a primeira estrofe.

     E de novo, romántico demais.

     Muito bom e belo, Federico.

     Parabéns.

     Bem hajas.

    3592544?profile=RESIZE_1024x1024

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