Marés feridas

A escuridão asfalta o caminho rompendo
Todas as solidões precárias despindo o
Manequim dos silêncios mais mercenários
Surpreendendo até um eco feliz…tão perdulário

Sou como o mar arrastando suas ondas e maresias até à
Longinquidade do mais ténue desejo oscilando a cada navegar
Dolente e astuto vestindo as marés irrequietas com um fantástico
Maremoto de oceânicas paixões tão ofegantes…quase insurretas

Bordei cada palavra que alinhavei na minha solidão
Descosi toda a saudade onde se remendam tantos malfadados
E fatais sonhos desalmando a dialéctica destes versos em reclusão

Pelos corredores da vida fiquei admirando aquele formoso
Gomo de luz andarilho, deixando um ósculo de prazer à pesarosa
Madrugada que se perfila flanqueada de solidões tão meticulosas

Frederico de Castro

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Frederico de Castro

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • 3682535?profile=original

    • Obrigado Marso pela sua constante gentileza

      Bem haja

      FC

  • Frederico, sempre me deleito em teu versar... tão único e mavioso!

    Parabéns!!! Mais uma belíssima e aplaudidíssima obra poética!!!

    3682310?profile=original

    • Grato pela visita Angelica e pela mensagem

      Bem haja

      FC

  • Parabéns, poeta amiga, poema lindo, primoroso, adorei. Você tem o dom de escolher ás palavras certas... Abraços, paz e Luz!!!

    • Sempre grato pela suas palavras de apoio e carinho amigo

      Bem hajas

      FC

  • Mas o que dizer diante desta lindeza de poema, Frederico?

    Parabéns pela inspiração maravilhosa.

    Destacado!

    • Muito obrigado pela visita e carinho Edith

      Votos de dia feliz e em paz

      FC

This reply was deleted.
CPP