Mudando as marés

Em algum lugar do mundo

 gravaremos nos dias

 cada presente de amor

 forjado na onda que nutre

 nossos seres

 escoando marés

 planando sentidos

 convergindo amores

 beijos investidos

 pecados concedidos

 

 Em algum lugar do tempo

 silencio todas as liberdades

 circulando nos oceanos

 fantásticos

 Suplicarei em cânticos

 todos os lampejos do sol

 onde guardo e jamais

 olvido essa luz

 que solta mil plenitudes

 de amor pulsando

 expedito

 

 Junto ao coração que brinca

 entre marés de ilusões

 deixarei impresso

 minhas loucas intrusões

 inspirando todas as equações

 onde matematicamente elaboramos

 todas as adições de tempo

 sem mais perder a apoteótica

 e precisa resolução geométrica

 onde negociamos

 as formas

 a arte

 as sombras…nossos seres

 tão próximos ou longínquos

 nesta trigonometria transbordando

 palavras e cálculos precisos

 no rumo das marés

 a cada instante numa onda galopando

 

 Mudando as marés

 contemplamos todas os

 labirintos onde mergulhamos

 nossos suculentos beijos

 vagabundeando no sopro

 do teu perfume

 retendo os gestos fitando

 a memória acometida

 libertando todos os ventos

 assobiando no odor de cada aragem  

 propiciatória e mais atrevida

 

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Ah ia, esquecendo, a imagem é de alucinar.

  • 3595532?profile=original

  • Hummmm, versos neobarrocos de amor com matemáticas...

    Me fiz lembrar a Nicanor Parra e sua antipoesía.

     Mais que bom, Frederico.

     Bravo.

     Abraços

    3595457?profile=original

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