Na margem da finitude

 

 

Uma eternidade

seria muito

nesta ilusão de vida

O espaço não cabe

na nossa ignorância

Há estrelas apagadas

obstruindo os olhos

Nem asas ultrapassam

este céu do nosso ver

Pode ser que haja vidas

pensando em nós

Assim: eu penso agora

em alguém

que não conheço

Estranhezas

são inquietudes

que faz saudade

daquela lua atoa

Dando bola pra nós

saudade de um O2

Cem por cento puro

E de escorregar

Das nuvens

Feito chuva

Ou maquiar a face

de arco-íris

E esboçar emoção

Em outras retinas

fico na margem

Da finitude

Deste asfalto

Quente

...

Jennifer Melânia 

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Comentários

  • 3608800?profile=RESIZE_1024x1024

    • Ficou belíssimo, Marso. Obrigada!!
    • Maravilhoso, Fennifer! bravíssimo! Bjs

  • 3608721?profile=original

    • Obrigada, Eduardo! Abraço
  • Que beleza poética quando alguém esboça

    uma emoção que fica nas margens da finitude

    Sensacional

    abraços

    FC

  • Que magnífico poema, Jennifer!

    Reflexivo, poético... 

    Grande abraço

    • Agradecida, Adriano. Abraços
  • 3608673?profile=original

    Muito bom minha querida.
    Meus aplausos, pelos belos
    versos.

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