Não é a casa que nos acolhe
é a ternura que nela paira
o fogão aceso em lume brando
o cheirinho a feijão branco
da panela de sopa a borbulhar.
É a campainha que toca
é o carteiro, o som do chuveiro
a musica a tocar e o telefone
a vibrar de mensagens de amor.
Não é a casa que nos acolhe
são os abraços, os sorrisos
o embaciar dos vidros, a lareira
acesa e o pão quentinho na mesa.
O que nos acolhe, é a sopinha
a açorda de coentros, o cheirinho
da cozinha com perfume a sentimentos.
É comer o arroz doce da panela
ainda morno e depenicar as
as partes tostadas.
Ouvir o estalar de cada trincadela
e preencher o coração de aroma
a canela.
Cristina Ivens Duarte
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Comentários
Obrigada amiga, beijinho grande
Está lindo, seu soubesse como fazer, era assim que faria sempre, adorei, beijinho.
Obrigada pelo comentário, assim deveria ser em todos os lares do mundo, abraço.
Decididamente, existe uma grande diferencia entre uma casa e um hogar...
E descreves com maestria nesstos belissimos e sabios versos, querida Cristina.
Parabéns de novo.
Beijos
Obrigada, fico feliz por ter gostado, beijinho
Obrigada pelos aplausos, fico grata pelo seu comentário.