No dorso das palavras

Soltam-se as noites

em ventos acometidos

no breu dos tempos

cavalgando no dorso

de cada gesto mais entrometido

Diverte-se a solidão

dormitando em cada manhã

que fenece consumada

crepitando, astuciosa

pelas insónias do mundo

consumando as escuridões do dia

morrendo exumadas

  • Deixei de ler na biblioteca

de minha existência

cada instante onde tatuei

os versos nocturnos

promulgando a brevidade do tempo

que minh’alma consolará

despojando o nome que

soletro

e em cada despertar

olhasses

e me desejasses

toda tu até meu sono

velasses

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Lindíssimo poema Frederico, é nesta brevidade do tempo que tudo acontece. Parabéns.

  • Tua poesia é música, Frederico. Parabéns! 

    Abraços.

  • 3597573?profile=original

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