O mar e a solidão
O mar que me contempla
bravio e majestoso
rugi furioso
anunciando uma tormenta
e me arremessa então a onda
que aos meus pés se esparrama.
E como uma chama sinuosa
em um indecifrável drama
é tanta a tristeza
que ela se vaporiza no ar.
Nesta praia da cidade
eu tenho apenas um lenço
e uma saudades imensa
e uma única ilusão.
Se a solidão é nesta cidade
um calar de uma voz
em meio a um alarido
ou então vontade atroz
de não aceitar a verdade.
Se sou um pássaro sem asas
um coração ferido
se sou do mar o seu rugido
que esta onda então
me leve para o fundo mar.
Alexandre
Comentários
Espero que não siga os passos de Storni, querido lexander.
Um bar barvio, sim, como o que olho desde minha janela, batido pelo vento e pela lua crescente.
A cidade, que estressa, consome...
Mas sempre seremos mais fortes.
Belo e profundo poema de afogo e fartur, com imagenes- metáforas muito boas.
Beijos
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