Eu não tinha este rosto de hoje,
Tão triste, tão vago, tão magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio tão amargo.
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Não consigo bradar o meu peito,
Que por frieza, engano e distancia,
Morre, mirra, putrefeito,
Por ausência, e tamanha inconstância.
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Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil,
Que no espelho ficou perdida,
A minha sombra táctil.
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Compreendi que muitos amigos que fiz,
Não me fizeram nada, além de inquietude,
Nem sequer saber o que é ser feliz,
Nos caminhos desta vida...eu soube.
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Antes que as mágoas me façam sangrar,
Nestes versos eu choro em palavras,
Em pranto me ponho a desabafar,
Lágrimas das minhas lavras.
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Cristina Ivens Duarte-03/03/2017
Comentários
O tempo é o melhor remédio para todas as decepções, para todas as dores e amarguras. Lindo poema-desabafo querida. Parabéns.
Grata pelo seu comentário carinhoso amiga Sandra Leone, beijinho.
Marso, querida, grata pelo seu comentário carinhoso, beijinho.
Marso querida, obrigada pela formatação, ficou linda, beijinho.
Minha querida Cristina, o teu lirismo
encanta a todos! Poema lindo que
mexe com o nosso âmago! Ótimo
domingo! Bjs.
Mena querida, sempre presente, muito obrigada pelo seu caloroso comentário, beijinho.
Grata pelo carinho amiga Edith, beijinho.