O VÍCIO
Ah, minha doce e delicada amante!
O que me trazes agora?
A rosa que brotou no outono
Ou o teu rosto em primavera?
Deita teu corpo na relva
E deixa-me sentir
Mais perto do meu peito
O palpitar do teu coração...
Beija-me os lábios em sonho,
Assim não precisarei despertar.
Se me queres amar,
Que seja sempre,
Em qualquer lugar.
E não há distância que nos afaste
Nem dor que nos distancie.
Somos a força de almas gêmeas
Nos protegendo de todos e de tudo.
Temos o nosso mundo
E não precisamos de mais nada.
Até nossa madrugada é mais bonita.
Quando a Lua se agita
Em passos de dança,
E eu escolho os teus braços
Para me abraçar.
Amar-te não é segredo,
Amo-te sem medo,
Mesmo quando o riso
Precede de uma lágrima.
Todos precisam do sentir,
Mais ainda os que amam,
Pois não há existência sem amor,
Assim como não vida sem respirar.
Poderei um dia precisar que me cuides,
E te cuidarei também,
Quando os ossos se tornarem frágeis
E as pernas fracas para caminhar.
Sei que amar é superar,
Ir além de qualquer sacrifício,
Tu és meu vício
E dele não quero me curar.
Mário – 13/11/2016
Comentários
Muito bonito teu poema. Parabéns pela composição.
Boa tarde.
Poeta Mário, que lindo vício. Lindíssima inspiração. Um grande abraço.